TEMPOS DE MÚSICA - PARTE 6 – BRAGUINHA

 

 

Como já foi mencionado anteriormente, tive o privilégio de conhecer e conviver com músicos, cantores e compositores maravilhosos e não poderia de escrever um pouco sobre cada um deles.

 


BRAGUINHA – Carlinhos, para a família, Braguinha para a maioria e João de Barro para as parcerias musicais. Seu nome era Carlos Alberto Ferreira Braga.

Era uma pessoa que sempre tinha um sorriso estampado no rosto, de uma simpatia e doçura que a todos conquistava.

Eu o conheci nas reuniões da família Guaraná (ramo de minha avó materna) onde ele frequentava muito por ser primo da Alzira (Zizila) Braga que era casada com meu tio avô Aristides.

Mas um maior convívio veio muito depois, nas mesas do bar do tênis do Tijuca Tênis Clube, onde ele se fazia presente nos fins de semana (apesar de morar em Copacabana) e onde muito querido e tratado como celebridade que era e merecia.  Até hoje não sei como e quando ele começou a frequentar o local, mas creio que foi pela mão de um tenista do grupo, que era seu colega produtor de discos e diretor artístico da mesma gravadora. Ismael Correa foi, com certeza, quem o levou para lá e as manhãs eram enriquecidas com suas histórias sobre músicas, artistas, aventuras nos Estados Unidos, Carmem Miranda e Carnaval, sua grande paixão.

A ele devemos, junto com Lamartine Babo, as melhores marchinhas de Carnaval de todos os tempos: Touradas em Madri, Pirata da Perna de Pau, Yes nós temos banana, Chiquita bacana, Tem gato na tuba, Turma do Funil, Uma andorinha não faz verão, Linda lourinha, Vai com Jeito, A mulata é a tal... só para citar algumas. 

Não contente ele fez As Pastorinhas e a canção mais conhecida e querida do Brasil, Carinhoso, parceria com Pixinguinha. Compôs Laura, A saudade mata gente, Anda Luzia, Dama das Camélias, Fim de semana em Paquetá,  Lancha Nova, Copacabana e ainda canções para crianças, Chapeuzinho Vermelho, Pela estrada afora, as histórias da Baratinha, Capelinha de Melão, a Canoa Virou além das versões de músicas de Charles Chaplin de Luzes da Ribalta.

Figura sempre presente nas noites em que toquei piano no Le Relais, fez questão de comparecer no dia em que completei 40 anos, 4/10/1980 e junto com o Billy Blanco cantou o Parabéns pra Você naquela noite inesquecível.



Lembro ainda ele corrigindo alguém que disse que minha filha Claudia era “linda de morrer”. Ele corrigiu, Claudia, nada disso, você é “linda de viver”. Esse era o querido Braguinha, que deixou muita saudade.

 

 

 

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