Youle - A música e a aventura que é viver

 NEW YORK - 1986/1991 - A BROADWAY - 2a. Parte 

      Times Square - O Coração da Broadway

A noite de New York começa em Times Square, onde pulsa o Coração da Broadway.  O local é um imenso largo na confluência da Sétima e Oitava avenidas, cujas fronteiras são a 42nd e a 47th Street.

Nesse espaço e suas imediações situam-se 41 grandes teatros onde há décadas se encenam as melhores peças e se apresentam os melhores atores, cantores e bailarinos. A música é sempre ao vivo, o que garante o emprego de milhares de músicos, maestros, compositores, arranjadores e ensaístas.

Até a estréia de um show são centenas de ensaios cheios de alegria e frustrações, muito suor e repetições buscando a perfeição que precisa ser conseguida até o dia da estréia. E uma história dessa busca tornou-se um clássico na Broadway (e depois virou filme). 

                                  A Chorus Line

 

Em 2018, antes da Pandemia, estima-se que cerca de 15 milhões de espectadores assistiram a espetáculos da Broadway gerando uma bilheteria total de US$ 1,8 bilhão.

Segundo as últimas projeções a Broadway já recuperou sua força e vitalidade e projetam-se novos recordes.

Imaginem vocês, que meu escritório ficava na esquina da 5a. Avenida com a 45th Street. Ou seja, a duas quadras de distância desse imenso "Parque de Diversões".  Hotéis, bares, restaurantes e, principalmente teatros onde foram e ainda são apresentados as melhores peças e os incríveis musicais.

Apenas nessa foto aparecem dois dos melhores shows que tive o prazer de assistir: Mamma Mia e Billy Elliot.

Mas, sem dúvida os dois maiores foram The Phantom of the Opera (do qual coloquei um trecho, na primeira parte) e Les Miserables, cujo vídeo abaixo apresenta um resumo das principais cenas.

Les Miserables

Assim como o "Fantasma", tive o privilégio de assistir Les Mis na semana de estréia, e confesso que apesar de considerar ambos os shows fantásticos, o musical do romance de Victor Hugo  me emocionou mais, tanto pela história como por todas as suas músicas, das quais destaco "I dream a dream": 

I 

                                                    

                                            I dream a dream

Apesar de considerar que tenho boa memória, confesso que não consigo me lembrar de todos os musicais que presenciei naqueles 5 anos, mas não seria exagero dizer que foram mais de 30.

Mas, com certeza, além dos já citados seria uma injustiça não mencionar Miss Saigon (que pôs um helicóptero no palco) e  o "Fiddler on the Roof" com o excelente Topol, que também foi o protagonista na versão cinematográfica.  Aqui escolhi uma trilha sinfônica com o magnífico Itzhak Perlman e regência do fenômeno venezuelano Dudamel com a Sinfônica de Los Angeles.

Isso porque nos 60 meses ainda tive que dividir a Broadway com os concertos, óperas, ballets, jazz e shows de variedades, como os de Natal e Páscoa do Radio City Music Hall, e apresentações de cantores e músicos como Frank Sinatra, Liza Minelli, Sammy Davis Jr, Ray Charles, Andy Williams, Shirley Bassey, Bobby Short, Sarah Vaughan, Billy Eckstine, Liberace, Oscar Peterson, Herbie Mann, Eliane Elias, Joyce, John Pizzarelli, Freddy Cole, Barry Manilow, Mel Tormé (um dos autores do Christmas Song) e o supreendente e inusitado Woody Allen com sua banda no Michael's Pub.   

Algumas peças teatrais ficaram marcadas na memória, como por exemplo o "Mercador de Veneza", com Dustin Hoffmann e "The Circle" com Stewart Granger, Glynis Johns e Rex Harrison (no seu papel derradeiro). 

Ao encerrar esse breve capítulo sobre a Broadway faço aqui referência e uma homenagem a um colega do Banco do Brasil, Alcides Lustosa Prazeres, que era muito querido por todos e que todas as vezes em que falávamos ao telefone, e não foram poucas dado o trabalho que desenvolvíamos, sempre se despedia com a mesma frase: "Give my regards to Broadway".  

Pra você Alcides, onde estiver, e com muitos "Prazeres". 

                            Give my Regards to Broadway