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Mostrando postagens de abril, 2024
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  TEMPOS DE MÚSICA – PARTE 4   Sabiá - um verdadeiro hino do Tom e Chico Quando retornei do Arraial da Ajuda o Luiz me ligou e disse que queria conversar comigo lá no Le Relais e me fez um convite para que assumisse o lugar de pianista do bar da Casa em caráter permanente mas que além das quintas-feiras também incluísse os sábados. A proposta financeira   era interessante e eu aceitei com uma condição, ou seja, a que se eventualmente eu fosse contratado para um evento em um desses dias, poderia indicar um substituto, de comum acordo.   Essa situação poderia ocorrer até 2 vezes por mês. Com isso preservaria minha liberdade para atender a uma gama já bem considerável de clientes, e nesses casos, o “cachê” era bem melhor. Essa minha passagem pelo Le Relais foi de 1981 a 1983.        Tempos de Le Relais e de muitas festas Foram dois anos de muita música, encontros e reencontros com amigos, colegas de colégio, músicos, novos conhecimentos e principalmente um acontecimento que, emb
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  TEMPOS DE MÚSICA - PARTE 3   A narrativa continua após o convite que o Sacha me fez para assistir à sua estreia no Le Relais, em 1980. O restaurante havia se mudado, para a mesma rua, General Venâncio Flores, e a nova sede imitava um grande chalé suíço,  O novo prédio tinha um bar no andar térreo e o restaurante no piso superior. Toda estrutura era de madeira aparente o que, além da beleza, proporcionava uma acústica formidável. Sofás, banquetas e cadeiras forradas em um lindo couro castor e um piano bem em frente à porta principal onde então o Sacha se apresentaria. Sentei-me no lugar mais próximo ao piano e fiquei curtindo, vendo e ouvindo aquela lenda viva passear por um repertório que me trazia à memória tudo que eu mais gostava e pensando como teria sido a vida se eu tivesse seguido meu coração e me tornado   músico profissional. Fui apresentado ao proprietário, anfitrião e amigo da maioria dos frequentadores. Luiz Vieira Souto era um bonachão, coroa alto e forte, um
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  TEMPOS DE MÚSICA – PARTE 2   Em uma manhã de sábado, no início de 1958, chega em minha casa no Grajaú o amigo Artur Vital (Tutuca), morador do bairro, funcionário da PREVI e cantor amador que sempre se apresentava nas tardes e manhãs dançantes da Atlética do Grajaú. Muito agitado e dizendo que tinha acontecido uma “lavagem cerebral”.   Pediu-me para ir até o piano e disse que eu tinha que aprender algo totalmente diferente e moderno que ouviu naquela manhã. Começou a cantar e depois a solfejar nada mais nada menos que “Estrada do Sol”.   Quando chegou na segunda parte “Quero que você me dê a mão, vamos sair por aí” mandei parar e perguntei se ele não estava desafinando. E aí foi que eu saquei que algo diferente estava acontecendo. Ele então me disse algo que nunca esqueci: isso é tão moderno como é significativo o nome do compositor: TOM. Daí pra frente ouvi o “Chega de Saudade” no LP Canção do Amor Demais, da Elizeth, cujo acompanhante ao violão era o João Gilberto já com